domingo, 2 de outubro de 2016

Eutanásia Paraolímpica – com final feliz!

A atleta Marieke Vervoort desiste de praticar a eutanásia logo após os jogos.
Festa de encerramento das Paraolimpíadas.

Muito feliz com a decisão da atleta, venho compartilhar minhas considerações finais.

O termo “eutanásia” foi criado no século XVII, em 1623, pelo filósofo Francis Bacon em sua obra “Historia vitaes et mortis”, para designar o tratamento adequado de doenças incuráveis. Eutanásia significa, etimologicamente, “boa morte”, que deriva da semântica grega “eu” (boa ou bom) e “thanatos” (morte). Influenciado pela corrente de pensamento da filosofia experimental dominante na época, Bacon sustentou a tese de que, nas enfermidades consideradas incuráveis, era absolutamente humano e necessário dar uma boa morte e abolir o sofrimento dos enfermos.
A definição de eutanásia pode até abrandar o seu significado, mas na minha opinião o ato de abreviar a própria vida, nada mais é que suicídio (quando a opção é feita pelo próprio doente) ou homicídio (quando o doente já não está mais consciente devido ao estado de saúde).
Depois de todas as histórias às quais tivemos acesso, depois de nossa aventura em se aprofundar no assunto por conta da decisão anunciada nas vésperas das Olimpíadas e Paraolimpíadas no Brasil da atleta Marieke Vervoort, pudemos perceber que essa prática tão polêmica não está muito longe de nossa realidade, porém, na nossa cultura, ainda temos esse ato como crime, ou como covardia, fuga, desrespeito à vida...
Quando esse tema é discutido não se pode deixar de considerar todos os aspectos que envolvem esse assunto, como religioso, legal, médico, religioso e também outros.
E como associar essa prática (que é um ato de desistência de vida) com os esportes paraolímpicos (que são atos de superação)? Um pouco complicado, né? É mais compreensível quando tentamos analisar como é o dia a dia de alguém que sofre com uma doença grave, incurável, degenerativa e ainda assim supera a dor e sofrimento para conseguir treinar, competir. Pode ser mais fácil entender se pensarmos que ela chegou ao limite da dor.
Será que outros atletas também já se sentiram nesse limite e chegaram a desejar a morte como um alívio? Acredito que muitos doentes terminais, doentes incuráveis devem sentir isso, mas será que, por termos essa consciência devemos apoiar que a eutanásia seja legalizada?
Esse é um tema muito polêmico e tem uma carga emocional fortíssima, mas acredito que nossa sociedade ainda não conseguiria aprovar essa prática como um ato de compaixão. E tenho consciência de que, como pedagoga tenho o dever de ajudar a formar uma sociedade mais humana e mais justa, onde seja sempre maior o respeito à vida, em qualquer circunstância.
E vocês? O que acham? São a favor ou contra a eutanásia? Acham que é um ato de compaixão ou um crime contra a vida? Acham que é o direito a uma morte digna ou uma covardia?

Postado por Rosane.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

"Ao desmaiar sozinha em casa sou acordada pelo meu cão! "



Um jornal chamado Record diz: uma campeã que sonha conquistar o ouro no Rio e depois deixar de sofrer. Ela já praticava esportes antes de ser diagnosticada com a doença.


Praticou basquetebol, golfe, esgrima, surf, triatlo e esqui, sempre na cadeira de rodas, até descobrir que tinha talento para a velocidade. Em Londres ganhou o ouro nos 100 metros e a prata nos 200 e 400 metros. Uma verdadeira estrela do universo paralímpico.

Ela diz que além de só dormir 10 minutos por noite por causa das dores, ela desmaia sozinha em casa e é acordada pelo cão dela. “Ninguém percebe o que passo a cada dia", revela.





http://www.record.xl.pt/modalidades/jogos-olimpicos/paralimpicos/detalhe/marieke-vervoort-conquistar-o-ouro-e-morrer.html

Postado por Jéssica Rebello 


A decisão da Atleta olímpica de fazer Eutanásia !


Atleta belga quer pedir eutanásia após disputar Jogos Paraolímpicos do Rio

A atleta belga Marieke Vervoort pedirá a eutanásia após a disputa dos Jogos Paraolímpicos do Rio de Janeiro. A atleta, que sofre de uma síndrome degenerativa que paralisa suas pernas, pensa em recorrer ao recurso, que é permitido no país desde 2002.
“O Rio é meu último desejo, espero acabar minha carreira com um pódio. Começo a pensar na eutanásia. Quero que todos tenham uma taça de champanhe na mão e um pensamento feliz para mim”, declarou, em entrevista ao jornal francês “Le Parisien”.
A atleta competiu nos Jogos Paraolímpicos de Londres, em 2012, e conquistou uma medalha de ouro nos 100 metros rasos em cadeira de rodas, além de outras duas medalhas de prata nos 200 e 400 metros rasos.  Porém, as dores que a afetam são um problema constante, já que ela sofre desmaios ao longo do dia. Ainda segundo Marieke, ela sente dores que não a deixam dormir mais do que 10 minutos por noite.
“Todo mundo me vê com a medalha de ouro, mas ninguém vê o lado obscuro”, salientou a belga.
Marieke sempre dedicou a vida ao esporte. A atleta foi duas vezes campeã do mundo de triathlon e já participou de competições de Ironman. Em 2008, a atleta foi diagnosticada com a enfermidade, que a deixou em uma cadeira de rodas. Mas foi justamente a paixão pelo esporte que a fez superar o início difícil após receber o diagnóstico.
“Quando me sento na cadeira de rodas, tudo desaparece. Me desprendo de todos os pensamentos obscuros, o medo, a tristeza, o sofrimento e a frustração. Foi assim que consegui ganhar tudo que ganhei”, ressaltou a atleta.


Postado por Jéssica Rebello

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Eutanásia no Brasil

##Médica acusada de praticar eutanásia em UTI de Curitiba é indiciada


Segundo as investigações, Virgínia Helena escolhia principalmente doentes internados pelo SUS

CURITIBA (PR) - A polícia do indiciou nesta quarta-feira a médica da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico de Curitiba, Virgínia Helena Soares de Souza, acusada de praticar eutanásia em pacientes internados em estado grave desde 2006, quando ela começou a chefiar o departamento. Segundo a investigação, Virgínia, presa na terça-feira, "antecipava óbitos" , principalmente de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Testemunhas dizem que ela pouparia quem estava na UTI bancado por planos particulares.
A polícia recolheu prontuários relacionados às mortes nos últimos seis anos para saber se os óbitos naquela UTI podem ter sido provocados pela médica. O telejornal da RPC, filiada à TV Globo, exibiu nesta quarta-feira entrevista com um enfermeiro que trabalhou no hospital de 2004 a 2006. Ele afirmou ter visto a médica desligando um aparelho e provocando a morte de um dos pacientes.
— O paciente da UTI tem dois pontos críticos, que são a ventilação mecânica e as medicações que servem para manter a pessoa viva. Ela interrompia um dos dois, ou os dois —, afirmou o enfermeiro, que preferiu não ser identificado.
Delegado não descarta ‘quadrilha da morte’
O delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Marcus Michelotto, afirma que há indícios de materialidade e de autoria suficientes para que fosse instalado o inquérito policial e pedida a prisão cautelar da médica. Virgínia foi presa durante expediente no hospital.
— Nossa investigação tem cerca de um ano, mas esses fatos podem ter ocorrido há mais tempo. Estamos trabalhando para a coleta de provas —, afirmou.
Michelotto não descarta que haveria uma “quadrilha da morte” no hospital, com o envolvimento de outros funcionários nos supostos crimes.

— Se havia isso (a provocação das mortes), ela não fazia sozinha. Mas não podemos pré-julgar —, disse ele, que vai investigar as mortes naquela UTI nos últimos seis anos, período em que Virgínia chefiava o departamento.
A delegada Paula Brisola explicou que a prisão da médica foi estabelecida pela Justiça para garantir a instrução do processo e a segurança da população.
— O inquérito corre sob sigilo judicial e não podemos dar todas as informações sobre a investigação desses casos, que qualificamos como homicídios —, disse a delegada em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira. Segundo ela, outras testemunhas reforçaram a acusação do enfermeiro, de que a médica desligava os aparelhos para provocar a morte dos pacientes.
O advogado da médica, Elias Mattar Assad, afirma que vai solicitar à Justiça liberdade para sua cliente. Segundo ele, houve precipitação na prisão.
— Normalmente o procedimento é primeiro investigar, depois ouvir as pessoas e só então, se for o caso, pedir a prisão. Aqui primeiro prenderam para depois investigar —, disse.
Desde terça-feira, quando a médica foi presa, várias pessoas procuraram a delegacia para denunciar “atitudes suspeitas” de Virgínia. Na ação policial, dentro do hospital, foram apreendidos prontuários médicos e outros documentos relativos a internações e mortes de pacientes.
O Conselho Regional de Medicina (CRM) informou que investigará a conduta da médica. O Hospital Evangélico abriu uma sindicância para apurar o caso.

Suspeita chefia UTI há seis anos
A médica atua no hospital desde 1988 e é chefe da UTI desde 2006. De acordo com o Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa), ela é suspeita da prática de eutanásia, que é a indução à morte com consentimento do paciente, além de maus-tratos aos internados. O caso corre em segredo de justiça. A médica está detida no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
Uma ex-enfermeira, que também não quis se identificar, ouvida pelo G1, disse que a médica foi suspensa por um mês em 2011 por maltratar uma funcionária.
— Eu trabalhei no hospital em 2005 e presenciei muitas cenas de maus-tratos contra funcionários. Tanto que não tinha quem não soubesse da frieza e grosseria dela. Essa suspensão eu soube por um colega. Eu não gostava de trabalhar com ela, como a maior parte dos outros. Eu nunca presenciei, mas o que 'rolava' nos corredores é que ela fazia isso com os pacientes também.


Postado por Katia Maria

Meu Brasil

Eutanásia no Brasil  


Se for contra a lei porque a casos de Eutanásia no Brasil, pois pesquisando sobre o assunto para reforçar meu trabalho li vários sites que falam sobre o assunto, onde de alguns tenho até postado para melhor entendimento e conhecimento nosso  me deparei com vários casos em nosso país, e até depoimento de médicos que falam que pratica ou já praticou a eutanásia, alguns casos por ganância outros por pedidos dos próprios pacientes e de parentes, mais e a proibição e a lei onde ficam, se realmente o nosso país é contra esse ato porque não há leis mais vigorosas e mais fiscalizações.

Postado por Katia Maria

Polemica

Meninas Esse filme fala do suicídio assistido ou a Eutanásia.E esta dando polemica e muita repercussão. 



'Como eu era antes de você' é criticado por deficientes físicos

Fim do personagem na trama gera reações negativas nas redes sociais.
Escolha do ator Sam Claflin para o papel principal também é criticado.

Do G1, em São Paulo


Cena do filme 'Como eu era antes de você' (Foto: Divulgação)
O filme "Como eu era antes de você", que estreou   dia 16 de junho no Brasil e é baseado no best-seller homônimo de 2012, está sendo criticado por deficientes físicos.
No filme, Emilia Clarke (da série "Game of thrones") interpreta Louisa, uma jovem contratada por uma família rica para cuidar de Will (Sam Claflin, de "Jogos vorazes"), que sofreu uma lesão medular grave e agora é tetraplégico. Ao longo de seis meses, Louisa conquista Will e os dois acabam se apaixonando.
Segundo o site da revista "The Hollywood Reporter", a escolha de Sam Claflin, um ator sem deficiência, para o papel de um deficiente físico causou reações negativas. O termo usado para isso é "cripface". No entanto, o roteiro de "Como eu era antes de você" desagradou também por outro motivo. Spoilers do filme a seguir.
Na trama, Will decide pelo suicídio assistido mesmo com as tentativas de sua mãe e de Louisa em dissuadi-lo. Por conta disso, algumas pessoas protestaram no Twitter com a hashtag #MeBeforeEuthanasia (#ComoEuEraAntesDaEutanásia, em português).
A britânica Jojo Moyes, autora do livro "Como eu era antes de você", declarou que se inspirou na história real de um jogador de rugby que escolheu se matar com a ajuda da organização Dignitas. "Nós somos uma sociedade que julga muito e você nunca sabe realmente o que se passa na mente de alguém ou quais experiências ela teve para tomar essa decisão", disse.
"A mensagem do filme é que é melhor para essa pessoa morrer do que precisar de um serviço que a ajude a viver", declarou ao site o ator Zack Weinstein, que ficou tetraplégico em 2005.
"Romantizar a covardia é realmente perpetuar um estereótipo por uma questão de abandonar as pessoas reais com deficiência que estão lutando para manter sua sanidade e meios de subsistência e não ganham oportunidades em Hollywood", afirma o ator Grant Albrecht, que sofre de uma doença que está retirando a sua capacidade de andar.


Postado por Katia Maria

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Paraolimpíadas = Superação ≠ Eutanásia

Paraolimpíadas: a superação do limite
Gostaria de destacar que verdadeiramente não se pode ligar os sentimentos de euforia que envolvem a superação de atletas paraolímpicos com o ar sombrio e triste que vem à tona quando o assunto é eutanásia. O assunto se misturou quando a atleta paraolímpica Marieke Vervoort divulgou que pretendia fazer a eutanásia após os jogos paraolímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. Ela competiria pela última vez como um adeus ao esporte e à sua própria vida.
Felizmente hoje sabemos que sua intenção mudou, mesmo que temporariamente, o que me deixou com o coração leve e me pôs a pesquisar sobre a vida e história de superação de outros atletas paraolímpicos.

Em quase todos os artigos que li, as modalidades de esporte para pessoas com deficiência são destacadas por sua superação de limites. A maioria das reportagens, pesquisas e afins sobre o esporte paraolímpico, se aprofundam no aspecto da dedicação do atleta para se preparar fisicamente para competir, vencendo além de seus limites, também a discriminação da sociedade, a desmotivação que sua própria condição existencial pode acarretar. Esses atletas têm nas competições uma oportunidade para elevar sua autoestima, direta ou indiretamente, além de provar para todos o seu valor como atleta e cidadão.

Grandes exemplos dos esportes paralímpicos
Clodoaldo Francisco da Silva

 
Clodoaldo Francisco da Silva nasceu em Natal/RN, em 1979. Deficiente físico, em razão de paralisia cerebral é dono de 19 medalhas em Pan-Americanos, sendo 13 de ouro e 6 de prata. Ele também coleciona 13 medalhas olímpicas, 6 delas de ouro, 5 de prata e 2 de bronze.
Roseane Ferreira dos Santos
Roseane Ferreira dos Santos, conhecida como Rosinha, em 1990, aos 18 anos, foi atropelada por um caminhão e perdeu a perna esquerda. Nove anos depois, ela descobriu o esporte e se tornou medalhista olímpica do atletismo. Também é uma colecionadora de primeiros lugares. Ganhou três medalhas de ouro no Mundial da Nova Zelândia em 1999, três medalhas de ouro no Pan-Americano do México, duas de ouro nas Paraolimpíadas de Sydney em 2000. Em Atenas, alcançou o recorde mundial no lançamento do disco, mas não obteve medalha devido ao sistema de pontuação realizado no agrupamento de classes desta prova.
Amy Purdy 
Amy Purdy, medalhista de bronze no snowboard dos Jogos Paraolímpicos de Inverno, em Sochi, em 2014. Ela era uma garota saudável de 19 anos, linda e cheia de energia. Um dia, sentiu-se gripada e foi para a cama. Acordou com dores no corpo inteiro, como se cada músculo tivesse entrado em colapso. Levada ao hospital, descobriu que tinha meningite bacteriana. Enquanto a vida parecia se esvair, ouviu um médico dizer para alguém que suas chances de sobrevivência eram de apenas 2%. Seu baço explodiu. Os rins pararam. Operada às pressas, teve, na mesa de cirurgia, a nítida sensação de que ia morrer. Mas não morreu. Recuperada das primeiras cirurgias, Amy ainda teria más notícias. Por causa da necrose, as pernas precisavam ser amputadas.
Ela resolveu dar a volta por cima e depois de tantas superações sobre a doença, a atleta continuou se dedicando aos esportes radicais (dos quais já era praticante), além de se tornar medalhista de bronze no snowboard dos Jogos Paraolímpicos de Inverno, em Sochi, em 2014, Amy fez uma porção de coisas que julgavam que seria incapaz de fazer. Gravou – e dançou loucamente – um videoclipe com Madonna. Participou de filmes de ação em Hollywood. Competiu, e chegou às finais, do reality show Dancing With Stars. Fez um ensaio fotográfico nua. E neste ano de 2016, impressionou e emocionou o mundo participando das aberturas das Paraolimpíadas do Rio de Janeiro, ao fazer uma coreografia usando as próteses que simulam pés também com as lâminas que usa para competir, ao lado de um robô industrial e ao som da música "Borandá", de Edu Lobo com execução de Sérgio Mendes, com uma performance que deixou o Maracanã de queixo caído com um dos mais belos momentos da abertura. 
Cada atleta uma história
Se cada um dos atletas das olimpíadas tem sua história específica de sofrimentos e superação dos seus próprios limites, cada atleta paraolímpico carrega uma história de fazer filme para cinema. Existem aqueles que nasceram com deficiência e aqueles que adquiriram uma deficiência ao longo da vida, mas todos reconhecem que a dimensão psíquica, física e social do esporte paraolímpico é muito significativa para os atletas. Cada história contribui para a construção de um mundo verdadeiramente pluralista, que sabe respeitar e conviver com as diferenças, sejam elas quais forem.
As pessoas com deficiências física e mental não precisam de nossa pena, ou de nossa compaixão, mas sim de estímulo, demonstração de apoio e de luta conjunta pela democratização das oportunidades de acesso para além do âmbito dos jogos, para que tenham uma existência cotidiana digna e feliz.
Postado por Rosane.

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